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- ###═ndice Geral
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- ##Dados gerais das hortaliτas|\anima\supertab.bmp~ - ##Mais detalhes|\anima\anual.bmp~
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- ##Tabela de Produtividade|\anima\produt.bmp~
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- ##1 - O Cultivo OrgΓnico|O Cultivo OrgΓnico~
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- ##2 - O Cultivo M·ltiplo|O Cultivo M·ltiplo~
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- ##3 - A Rotaτπo de Culturas|A Rotaτπo de Culturas~
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- ##4 - A Adubaτπo OrgΓnica|A Adubaτπo OrgΓnica~
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- ##5 - A Cobertura Morta|A Cobertura Morta~
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- ##6 - As Irrigaτ⌡es|As Irrigaτ⌡es~
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- ##7 - As Hortaliτas e o Clima|As Hortaliτas e o Clima~
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- ##8 - O Controle de Pragas e Doenτas|O Controle de Pragas e Doenτas~
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- ###A Adubaτπo OrgΓnica
- ##═ndice Geral|═ndice Geral~
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- O retorno sistemßtico de matΘria orgΓnica ao solo Θ fundamental para o sucesso deste tipo
- de cultivo, em todo plantio, o solo deve ser fartamente adubado. Entre os adubos orgΓnicos,
- devem ser utilizados aqueles feitos a partir da pilha de composto, h·mus de minhoca ou esterco
- de curral curtido, os de boi e galinha sπo os melhores. VocΩ tambΘm pode obter ≤timos
- resultados com os excrementos de cabra. O mais importante Θ sempre usß-los bem curtidos.
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- ###As Irrigaτ⌡es
- ##═ndice Geral|═ndice Geral~
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- ##Tabela de Alta Irrigaτπo|\anima\tabairr.bmp~
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- ##Tabela de Baixa Irrigaτπo|\anima\tabbirr.bmp~
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- A agricultura sempre esteve ligada ao uso da ßgua. Nos grandes cultivos como o feijπo,
- o milho ou a soja, as regas podem ser muito complicadas, utilizando maquinßrio pesado
- e potente, para a irrigaτπo de grandes ßreas. Mas numa pequena horta, no fundo do quintal Θ
- coisa simples. Com uma saφda de ßgua numa pequena bica de 0.5 polegada e uma mangueira de
- plßstico que alcance todos canteiros, sua irrigaτπo estarß pronta.
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- Dentre todos os cultivos, as hortaliτas caracterizam-se como as culturas mais exigentes
- em irrigaτπo, 90% do seu peso vivo Θ composto por ßgua, atravΘs dela as hortaliτas absorvem
- sais minerais do solo o que Θ fundamental para todos os seus processos metab≤licos.
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- Uma hortaliτa Θ como um balπo de ar cheio de vitaminas e sais minerais, que em vez de ar,
- usa ßgua para ficar rφgida e firme. Mas com a elevaτπo da temperatura do dia, a planta,
- comeτa a transpirar diminuindo a temperatura foliar para manter seu organismo em funcionamento
- e nπo cozinhar durante o sol forte. Para isso, tem que gastar sua preciosa ßgua. A planta
- compensa essa perda criando uma pressπo igual a partφcula de ßgua que evaporou na folha.
- Esta pressπo caminha pelos caules chegando atΘ as raφzes mais finas que puxam do solo a mesma
- quantidade de ßgua que saiu para a atmosfera. Assim, a planta se mantΘm como estava.
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- Tudo funciona bem, se houver ßgua disponφvel no solo. Sem ela, a planta inicia um processo de
- murchamento que, dependendo da taxa de evaporaτπo, pode matar a hortaliτa. Um fator
- fundamental em relaτπo a capacidade da planta em encontrar ßgua no solo, Θ o tamanho efetivo
- de sua raiz. E isso, Θ produto da maturidade orgΓnica de seu solo, quanto mais espessa Θ a
- bioestrutura, maior serß o poder de penetraτπo da raiz.
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- Todas as hortaliτas precisam de muita ßgua. Entre elas, algumas exigem mais que as outras.
- Neste aspecto, costumamos dividφ-las em dois grupos: um que chamamos de culturas de alta
- irrigaτπo e outro de culturas de baixa irrigaτπo. Estes adjetivos sπo relativos.
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- O primeiro grupo envolve a maioria das folhosas e das raφzes. Sπo plantas que precisam de
- farto suprimento de ßgua. Suas regas devem ser feitas com mais freqⁿΩncia e a ßgua, pulverizada
- tanto no solo como na parte aΘrea da planta.
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- As plantas do segundo grupo sπo compostas pelos frutos, em funτπo do seu porte, suas raφzes
- alcanτam profundidades maiores, necessitnado de menos regas. TambΘm sπo muito sensφveis ao
- excesso de umidade do ar, por isso, contrßrio ao grupo anterior, suas folhas nπo devem ser molhadas.
- A irrigaτπo deve ser feita com fartura apenas no solo.
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- Nesse ponto, cabe um parΩnteses para esclarecimentos. ╔ not≤rio no conhecimento popular
- que a horta nπo deve ser irrigada com o sol a pino, porque queima as plantas. Na verdade,
- em dias muito quentes, o solo, mesmo irrigado pela manhπ bem cedo, alcanτarß elevadas
- temperaturas. Se irrigamos um solo com temperatura acima de 44 graus, parte da ßgua se
- evaporarß imediatamente. Este vapor realmente queima as bordas externas das hortaliτas.
- Mas se o solo estiver com uma boa cobertura morta e durante o passar do dia fizermos
- irrigaτ⌡es rßpidas para a diminuiτπo da temperatura, quando irrigarmos ao meio dia, o solo
- estarß fresco, nπo provocando nenhum tipo de queimadura na hortaliτa. Pelo contrßrio, com
- essas regas vamos garantir condiτ⌡es melhores tanto para as hortaliτas como para os
- animaizinhos do solo.
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- Cada grupo de irrigaτπo (alta ou baixa) terß um padrπo especφfico em relaτπo αs regas, de
- acordo com as estaτ⌡es do ano. No tr≤pico s≤ consideramos duas: uma de inverno relativamente
- fresco e, normalmente, seco, e uma estaτπo no verπo, quente e chuvosa. Consulte as tabelas
- acima, nπo esquecendo que em termos de irrigaτπo, o padrπo Θ apenas uma referΩncia geral,
- e que as necessidades reais dependerπo do micro-clima local.
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- ###O Cultivo OrgΓnico
- ##═ndice Geral|═ndice Geral~
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- Quem faz uma horta, quer uma verdura limpa, biologicamente integral, sem defensivos ou adubos
- quφmicos. Uma hortaliτa que traga nutriτπo e sa·de. O cultivo orgΓnico Θ a ·nica prßtica
- agrφcola que garante uma hortaliτa com essas caracterφsticas. ╔ uma tΘcnica que envolve um
- leque de procedimentos integrados e interdependentes. Trata-se de uma forma diferente de se
- manejar a hortaliτa. ╔ como na homeopatia onde o conjunto prevalece sobre o detalhe.
- Todo o procedimento Θ visto, a partir da estrutura biol≤gica do solo, que vai se formando
- em decorrΩncia do uso intensivo da matΘria orgΓnica, da manutenτπo de condiτ⌡es estßveis de
- temperatura e umidade e, principalmente, do cultivo ininterrupto de hortaliτas de vßrias
- famφlias botΓnicas.
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- Com muitas plantas vivendo juntas, vßrias substΓncias chegam ao solo. Cada populaτπo de micro
- organismos se alimenta de determinado tipo de excremento vegetal. A tendΩncia deste tipo de
- sistema Θ alcanτar um equilφbrio, onde cada um tem o seu papel. Na prßtica, com o tempo, este
- solo se tornarß vivo, as raφzes penetrarπo facilmente, o oxigΩnio chegarß atΘ as raφzes, o gßs
- carb⌠nico da respiraτπo alcanτarß a atmosfera, e a ßgua penetrarß com facilidade.
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- ###O Cultivo M·ltiplo
- ##═ndice Geral|═ndice Geral~
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- O policultivo Θ uma exigΩncia de uma horta orgΓnica. ╔ com a diversidade de culturas que os
- vßrios micro organismos se expandem e o equilφbrio biol≤gico Θ alcanτado. A planta crescerß
- e produzirß ≤timas hortaliτas.
- Todas as tΘcnicas que aumentem a biodiversidade de sua horta sπo indicadas, tais como:
- os cultivos em cons≤rcio com mais de uma planta por metro quadrado, o plantio em beiradas
- de canteiros com ervas medicinais, ervas de cheiro ou fl⌠res e, o mais importante, o cultivo
- de vßrias famφlias de hortaliτas diferentes. Uma horta tem que produzir um pouco de tudo,
- nunca cultive apenas uma ou duas variedades, pois o desequilφbrio virß, sua produτπo diminuirß
- e as pragas passarπo a ser problema.
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- ###As Hortaliτas e o Clima
- ##═ndice Geral|═ndice Geral~
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- As hortaliτas, como todas as plantas, sπo diretamente influenciadas pelas varißveis do clima.
- Esta relaτπo Θ tπo forte que, na natureza, um clima chega a estabelecer, genericamente, um tipo
- de vegetaτπo. A floresta Amaz⌠nica, por exemplo, Θ produto do clima equatorial, o cerrado do
- clima tropical seco, a caatinga do semi-ßrido.
- Cada hortaliτa, oriunda de determinada parte do planeta, traz em si certas exigΩncias
- climßticas relativamente definidas. O quiabo, uma planta tropical, originßria da ┴frica,
- nπo cresce, satisfatoriamente, em locais onde a temperatura seja inferior a 18 graus.
- O tomate, uma planta Andina, exige dias frescos e secos para se desenvolver.
- Esses limites foram amenizados com o desenvolvimento de tecnologias abrangendo: tΘcnicas de
- irrigaτπo, uso de filmes plßsticos que podem tanto proteger as plantas dos altos φndices
- pluviomΘtricos como elevar a temperatura quando usados para fechar as plantas dentro de estufas,
- e pelo desenvolvimento dos conhecimentos genΘticos, possibilitando dentro de certos limites,
- ampliar certas restriτ⌡es climßticas.
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- O clima Θ um padrπo geral, espacializado numa regiπo. Os fatores locais podem alterar
- sensivelmente esses padr⌡es. Devemos sempre, em termos de horta, tentarmos conhecer nosso
- micro clima. A presenτa de uma montanha, a altitude, o nφvel de ocupaτπo vegetal, a presenτa
- de lagos ou rios.
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- TambΘm, Θ importante ressaltar, que existe uma enorme diferenτa entre querer produzir uma
- determinada hortaliτa para o auto-consumo, mesmo fora da Θpoca, onde o que se almeja Θ
- basicamente, a qualidade nutricional, da produτπo para o mercado onde se exige determinadas
- caracterφsticas visuais da hortaliτa. Normalmente, as informaτ⌡es sobre as Θpocas de plantio
- encontradas nas embalagens de sementes e nos livros tΘcnicos, visam o mercado e nπo o
- auto-consumo, portanto sπo bem mais restritas. O rabanete Θ um bom exemplo. Considerado uma
- hortaliτa de clima frio, sua Θpoca de plantio nos manuais coincide com o inverno, isso quando
- a produτπo visa o mercado. Para o auto consumo, como Θ uma planta muito r·stica, pode ser
- semeada, tranqⁿilamente, em Θpocas quentes. Pode nπo crescer tanto e sua casca nπo ficar
- totalmente vermelha, mas o sabor Θ delicioso, mesmo semeado em perφodos quentes.
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- O conhecimento do micro clima da sua horta Θ fascinante. Estabelecer relaτ⌡es de crescimento
- de uma cultura com as variΓncia de temperatura, saber quanto choveu e perceber o comportamento
- da planta e do solo, sπo conhecimentos que fazem de sua horta um pouco mais que uma horta.
- Com o tempo vocΩ comeτarß a sentir no pr≤prio corpo essas variΓncias. Somos, atualmente, gente
- que vive num mundo artificial, as coisas que acontecem lß fora, fora do ar condicionado,
- parece que nπo nos afetam. Mas todos sabem que a verdade Θ outra. Viemos da natureza e
- voltaremos para a natureza. O tempo, o dia e seu acompanhamento, traz o meio ambiente para
- perto de n≤s, facilitando compreendermos o que ocorre em nossa horta.
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- ###O Controle de Pragas e Doenτas
- ##═ndice Geral|═ndice Geral~
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- ##Tabela das Doenτas e MΘtodos de Controle|\anima\tabela01.bmp~
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- ##Tabela das Pragas e MΘtodos de Controle|\anima\tabela02.bmp~
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- O cultivo orgΓnico Θ uma opτπo alternativa de se relacionar com a natureza. Buscamos as
- relaτ⌡es entre as plantas, a terra, o clima e principalmente, os micro organismos do solo.
- Manejamos a sua vida e como conseqⁿΩncia temos o crescimento vegetal. A concepτπo do manejo
- das pragas e doenτas deve ser visto de uma maneira dinΓmica, Θ um processo que dependerß de
- constΓncia nas condiτ⌡es de temperatura, umidade e retorno de matΘria orgΓnica. Nπo existem
- pragas ou doenτas, mas erros de manejo que criam condiτ⌡es desfavorßveis prejudicando as
- hortaliτas. Vßrios cuidados devem ser tomados. Qualquer aτπo que comprometa ou instabilize a
- vida da horta terß que ser evitado, atΘ mesmo uma calagem para corrigir o nφvel de acidez
- do solo nπo poderß ser feita, por tornß-lo, mesmo, por poucas semanas, muito alcalino e,
- conseqⁿentemente, prejudicial aos seus micro organismos. Adubaτπo quφmica pesada, nem pensar,
- seu efeito abiotico Θ muito forte.
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- ╔ bom ressaltar que nπo estamos dizendo que as plantas nπo precisem de cßlcio ou outros
- nutrientes, como o nitrogΩnio, o f≤sforo ou o potßssio, mas sim que a forma e a concentraτπo
- que estes nutrientes alcanτam as plantas, deve ser ecol≤gica. Estes procedimentos devem
- ocorrer atΘ mesmo quando as hortaliτas jß tenham sido colhidas. O canteiro vazio deve ser
- mantido com a cobertura morta e irrigado freqⁿentemente.
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- Sempre que iniciamos uma horta, normalmente encontramos solos desequilibrados, o que propicφa
- a expansπo de vßrias populaτ⌡es de micro organismos que, sem controle, acabam tornando-se pragas
- ou doenτas. Neste caso, aconselhamos vocΩ a ter paciΩncia. Se as hortaliτas estπo semeadas
- nas Θpocas corretas, as irrigaτ⌡es feitas com cuidado, de acordo com a necessidade das
- plantas, e o solo estß fartamente adubado com h·mus, acredite nas plantas. Elas sπo fortes
- e tenderπo a conviver com seus problemas. As hortaliτas cultivadas numa horta bem
- diversificada, raramente serπo destruφdas totalmente por pragas ou doenτas. O mais importante,
- Θ nπo parar de plantar, se uma colheita for inferior ao esperado, adube novamente o
- canteiro com h·mus, faτa a rotaτπo de culturas e semeie imediatamente. Acredite, em alguns
- meses, todos os problemas desaparecerπo. O importante Θ o processo.
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- Se vocΩ se sentir um pouco inseguro algumas aτ⌡es serπo possφveis. A aplicaτπo de
- biofertilizantes, tanto os caseiros como os industrializados tipo Aminon, darπo uma forτa
- αs suas hortaliτas. Em casos mais graves, com desequilφbrios fortes como, por exemplo, nas
- infestaτ⌡es de ßcaros nas couves, vocΩ poderß aplicar um chß de fumo de rolo sobre a praga atΘ
- que ela diminua. Nπo Θ necessßrio exterminß-la. Qualquer praga pode ser combatida com o chß
- do fumo de rolo. Jß as doenτas podem ser controladas com chß de cebola ou com a calda bordaleza
- como indica a Associaτπo de Agricultura OrgΓnica - AAO. O importante Θ s≤ aplicß-los com a
- presenτa efetiva da praga ou doenτa, nunca preventivamente.
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- ###A Cobertura Morta
- ##═ndice Geral|═ndice Geral~
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- A cobertura morta Θ a pele do seu solo, o melhor material Θ a grama seca de jardim. A grama,
- depois do corte, deve permanecer no sol por dois dias, entπo poderß ser recolhida e ensacada.
- AlΘm de bem seca, retire os caules, as raφzes e as inflorescΩncias. O uso serß feito de acordo
- com a necessidade. Os sacos devem ser armazenados α sombra em local fresco e seco. A cobertura
- morta deverß, no decorrer do cultivo, desaparecer totalmente por decomposiτπo. Toda visita α horta
- devemos observar os canteiros descobertos e repor a grama. Em locais muito ·midos ou em Θpocas
- muito frias, Θ possφvel que a cobertura comece a apodrecer, ficando meio esverdeada com odor
- desagradßvel. Neste caso retire-a imediatamente, sπo produzidas substΓncias ßcidas que
- comprometem o crescimento vegetal e a germinaτπo das sementes.
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- ###A Rotaτπo de Culturas
- ##═ndice Geral|═ndice Geral~
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- ##Tabela das Famφlias BotΓnicas|\anima\tbfmbot.bmp~
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- A rotaτπo de culturas Θ o procedimento de cultivar seguidamente num mesmo metro quadrado
- culturas de famφlias botΓnicas diferentes. Tem o mesmo efeito do policultivo, plantas
- diferentes abastecem o solo com substΓncias orgΓnicas diferentes, garantindo uma vida
- biol≤gica diversificada e estßvel.
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